terça-feira, 9 de agosto de 2016

Texto de martha medeiros

Um homem e uma mulher vivem uma intensa relação de amor, e depois de alguns anos se separam, cada um vai em busca do próprio caminho, saem do raio de visão um do outro. Que fim levou aquele sentimento? O amor realmente acaba?

O que acaba são algumas de nossas expectativas e desejos, que são subtituídos por outros no decorrer da vida. As pessoas não mudam na sua essência, mas mudam muito de sonhos, mudam de pontos de vista e de necessidades, principalmente de necessidades. O amor costuma ser amoldado à nossa carência de envolvimento afetivo, porém essa carência não é estática, ela se modifica à medida que vamos tendo novas experiências, à medida que vamos aprendendo com as dores, com os remorsos e com nossos erros todos. O amor se mantém o mesmo apenas para aqueles que se mantém os mesmos.

Se nada muda dentro de você, o amor que você sente, ou que você sofre, também não muda. Amores eternos só existem para dois grupos de pessoas. O primeiro é formado por aqueles que se recusam a experimentar a vida, para aqueles que não querem investigar mais nada sobre si mesmo, estão contentes com o que estabeleceram como verdade numa determinada época e seguem com esta verdade até os 120 anos. O outro grupo é o dos sortudos: aqueles que amam alguém, e mesmo tendo evoluído com o tempo, descobrem que o parceiro também evoluiu, e essa evolução se deu com a mesma intensidade e seguiu na mesma direção. Sendo assim, conseguem renovar o amor, pois a renovação particular de cada um foi tão parecida que não gerou conflito.

O amor não acaba. O amor apenas sai do centro das nossas atenções. O tempo desenvolve nossas defesas, nos oferece outras possibilidades e a gente avança porque é da natureza humana avançar. Não é o sentimento que se esgota, somos nós que ficamos esgotados de sofrer, ou esgotados de esperar, ou esgotados da mesmice. Paixão termina, amor não. Amor é aquilo que a gente deixa ocupar todos os nossos espaços, enquanto for bem-vindo, e que transferimos para o quartinho dos fundos quando não funciona mais, mas que nunca expulsamos definitivamente de casa

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Me odeio por te a...

Hoje eu vi ele de novo. Mas não imaginava que iria sentir tanto ódio de mim por ser sempre tão ingênua, depois de tudo que vivi de tudo que ainda sofro não aprendi. Sempre arrumo uma forma de quebrar a cara de novo. A gente brigou, se estapeou, deu risada, beijou e de novo eu chorei. Por causa de uma única palavra que me fez lembrar de toda a nossa desgraça. Eu consegui controlar o choro, mas a única coisa que eu me perguntava era: Porque ele me machuca tanto?. Hoje sem dúvidas foi o dia em que eu mais me odiei na vida. Ao chegar em casa fui direto pro banheiro, coloquei uma música pra tocar e também pra que ninguém ouvisse meu choro. Transbordei em lagrimas, eu me arranhei, foi a única forma que encontrei pra amenizar o que estava sentindo. Tomei banho na esperança de lavar a minha alma... Não funcionou. Eu não vou conseguir dormir essa noite. Primeiro eu te beijo c vontade e muita saudade. Depois eu ignoro seus beijos e vou embora te perguntando, porque você faz isso comigo ? Só Deus sabe o quanto meu coração está apertado. Eu vou sangrar.

(...)

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Das Antigas

Eu sempre me senti segura demais dentro do teu abraço, você dizia que ainda sentia a minha falta e eu retrucava perguntando que merda estávamos fazendo. Eu te culpava por ter terminado e eu faço questão de jogar na sua cara todos os teus erros, que não foram poucos. A gente se sentou naquele carro e conversamos de um jeito em que nunca tínhamos desde que tudo deu errado, você fazia carinho no meu cabelo. O efeito do choro passou e meu coração quebrou quando eu percebi que na manhã seguinte eu ainda seria eu, cheia de complicações e com o coração fechado demais pra amar outra vez e eu não podia ser egoísta de te prender a mim. Você dizia que me amava e te olhando assim eu me questionava se ainda tinha alguma solução pra nós dois. A verdade é que não, temos uma bagunça que não se concerta. Você me quebrou mais vezes do que pode imaginar e eu tentei te odiar, mas eu sempre vi bondade em você, até mesmo quando não tinha, quando você era maldoso. Não servimos pra ser amigos e parecemos duas crianças quando viramos inimigos. Você vai me culpar por bagunçar o teu mundo outra vez e vai esquecer mais uma vez que o meu ta bagunçado também.